segunda-feira, 14 de julho de 2008

Dialética das incertezas

Cabeça confusa, mas coração certo do que
ama e quer...Por que é que eu não consigo
me entender?
Só posso ter certeza das palavras que um dia
falei, com tanta verdade e vontade. Das
promessas sussurradas a mim mesmo, dos
sonhos dos quais não vou desistir jamais...
E talvez essa seja minha fraqueza.
Já não sei o que pensar de mentiras e
verdades, pois tudo que tenho são
simples sentimentos. E prefiro ficar com
eles, pois são a melhor parte de mim.
As palavras não amolecem com o passar
dos acontecimentos,elas continuam lá
gravadas nas paredes do tempo, que só
aprende a conviver melhor com elas,
principalmente quando elas partem do coração.
E mesmo isso parecendo piegas e
ridículo, é a mais pura verdade, e é do
lado dela que quero estar.
Pois quando sinto, não importa o quanto
sangrei, não importa o quanto sofri,
tudo muda no espaço de um instante, e
apenas um sorriso se torna meu refúgio,
e meu coração se sente consolado.
Minha cabeça nesse momento, me
bombardeia de lembranças e da
quantidade de lágrimas que um dia chorei,
das mágoas que um dia senti
e de todo esforço que fiz pra
poder voltar a ser novamente.
Então a batalha comigo mesmo começa.
E que só consigo enxergar é a sublimação
daquilo que carrego dentro de mim.
Sendo que todo orgulho some e o que resta
é monte de retalhos de uma esperança
que rogava por uma palavra.
E a partir daí parece que todas as culpas
são absolvidas,e todos os rancores são
perdoados, por este pobre coração, que só
comete um mal, que é amar demais.
E então a mente se acalma, e pede paz,
pois todos esses conflitos só desgastam
o medo de ser feliz, e jamais derrubam
o desejo de viver intensamente.
E numa dialética maluca de "ser ou não
ser", opto por apenas fechar os olhos.
Pois faço minhas palavras, as palavras
do poeta:"Não adianta tentar tirar da
cabeça o que não sai do coração...".
...Então adormeço e volto a sonhar.

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