terça-feira, 4 de novembro de 2008

Terra do nunca

Levaram meu coração,
não sei quanta falta ainda tenho
que sentir, quantas coisas ainda tenho
que ver ir embora pra longe de mim...
E o pior num frio e arrepiante silêncio.
Sofro a ausência e a indiferença, que
parte da boca calada e de provocações
invisíveis.
Se é raiva que me querem fazer sentir,
se querem arrancar essa energia do meu
peito, não vão conseguir.
Me debato internamente, choro e corro
pra lugar algum, mas nunca, nunca
desisto do que me move, minha
máquina de sonhos...
E isso meus caros, jamais vão poder
tirar de mim.
Vou aproveitar cada oportunidade como
se fosse a última, cada sorriso como
se fosse o último...
E então vou construindo aos poucos meu
castelo, e sempre me surpreendendo,
descobrindo que dentro de mim,
há mais daqueles que eu amei
do que eu supunha.
E então vou poder dizer que
a covardia não me parou, que das
palavras que ouvi, só absorvi
o que era bom, e das experiências
que tive descobri a beleza da feiura,
e não me contentei em viver apenas
a monotonia e a realidade repetitiva
e insana.
Porque por esse oceano de sentimentos
e sonhos, ainda vou atracar em terras
distantes e desconhecidas dos olhares
limitado dos pobres mortais.

Um comentário:

B disse...

lindo, parabéns :