domingo, 20 de fevereiro de 2011
A lua em mim
Vejo que nosso relacionamento é pura identificação.
Assim, de noite, acompanhada pelo silêncio...é solitária.
Faz companhia as minhas noites de insônia.
A lua canta sozinha no céu e não tem público.
Na calada da noite, enquanto os olhos estão fechados,
ela brilha mais intensamente...Ela vê o que quase ninguém vê.
Admiradores são muitos, mas poucos conseguem tocá-la...
menor ainda aqueles que conseguem se sentir tocados por ela.
Enquanto meus olhos caminham a vigiá-la no céu, ela ilumina as paredes
do meu quarto e vai recitando em meu ouvido um antigo
poema até que eu pegue no sono:
"Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha..."*
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*Trecho de :Lua Adversa- Cecília Meireles
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