Amadora

Admiro e faço, mas não sou.

Vivo a vida me esquivando de ser.

Não sou chamada para festas em revistas,
nem ganho prêmios pelo que amo fazer.

Acredito no puro prazer do anonimato reconhecido
por mim mesmo.

Ainda sei o prazer simples de discutir coisas importantes
e não ser cobrada, de ter teorias e idéias, ou às vezes,
só me expressar mesmo.

Sei daquilo que quero ser, mais do que
aquilo "sou". Tendo a certeza que daqui
a cinco minutos posso analisar direito, e perceber que,
no fim, "aquilo" não era nada do que queria.

Sou mutante em meus afazeres.

Não faço tudo que gostaria, mas no fim,
faço o que amo... Faço, não por
obrigação, faço porque é felicidade.