Primeiro no colo, era alimentada, ninada...
Depois toquei o chão e aprendi que lá eu
teria que começar por baixo, engatinhando
olhando o mundo no mesmo nível ocular sobre
a linha horizontal.
Depois de um tempo subi mais um nível, e pude
então aprender a andar, já nessa fase descobri que
para se aprender a viver as coisas mais complexas
tinha que levar alguns tombos.
Depois comecei a aprender a me comunicar, mas
aprendi que não quer dizer que você fale a mesma língua
ou entende os mesmos símbolos, é que vão te entender.
Depois comecei a me socializar, ir a escola, aprender o b+a-bá,
descobri é que nessa fase se aprende a tentar a ser igual,
porque, usar óculos ou ser gordinho, não te ajudam muito...
Um pouco mais pra frente, descobri que o lance é ser igual
porém ser diferente, por que ser igual é inadequado e careta,
e quanto mais diferente você for, mas igual a você querem ser.
Mais tarde, descobri que só pode ser diferente, se você
se encaixar nos padrões, e que as pessoas que não conseguem
ser diferentes, ou fazer alguma diferença, vão ser
cruéis com você, por mais talentoso, ou bonito, ou inteligente
você seja.
Então descobri que pode lutar pra ser diferente, mas
pra isso você tem que "pagar o preço" de não ser
igual a todo mundo.
Enfim descobri que por mais difícil que seja ser diferente,
ser igual seria atípico de mim, não me faria pessoa, só
me faria mais um, como uma linha em série que sai de uma
fábrica, e minhas razões pra ser feliz é muito mais
que determinam ou muito mais que aguardam as expectativas
dos olhos de quem vê. O que me torna o que sou,
são meus sonhos, minha fé, minhas razões. Ninguém
pode pensar por mim, fazer por mim, sentir por mim.
Pois se o limite é os céus, então vou alcançar as estrelas.
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