segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Ressaca




Com que olhos me olham esses olhos?
Os meus já estão perdidos dentro dos teus há muito.
Como minha pele está perdida na perfeição da ponta de seus dedos empinados.
Como seu sorriso que desperta o meu e minha boca implora pela tua.
Tua... Sou toda tua. Derretida como cera de vela - quente, sem forma – em prece te suplica.
Bem dentro do seu humor intenso, em tudo, como a cor intensa de seus cabelos.
Posso te ouvir de longe, em sua voz que soa em seu silêncio mais do que nas palavras, posso arrancar-lhe o pensamento, mas não me atrevo.
Prefiro a espontaneidade de seus gestos delicados que vão além de sua braveza aparente, como quando entrelaça seus dedos em meus cabelos.
Ressaca nos olhos?
Não, os meus é que estão embriagados de ti – completa. Me completa.
Me reviro em mim, só pra me ver em um reflexo avesso.
Seu melhor defeito, é seu o meu amor.


sábado, 10 de novembro de 2012

Minhas sinceras tulipas vermelhas




Sinto.
Sinto tanto.
Sinto muito.
Sinto sempre.
Da calmaria da alma ao desespero do coração.
Sinto da melodia, sinto da alegria.
Sinto do abraço apertado e do beijo sentido.
Sinto da lágrima quente que escorre, da boca
que confessa, do suspiro que não morre.
Sinto do lado a lado.
Sinto do gesto distante.
Aceita meu amor, sem palavras complicadas,
aceita o meu amor?