Hoje me dei a liberdade sobre pensar e sentir medo.
Pensei sobre toda angustia disforme que ele trás.
O medo existe com a função natural de proteção, mas,
na maioria das vezes, ele nos atrapalha...E como somos
atrapalhados com nossos sentimentos!
Temos medo daquilo que nos limita,
daquilo que nos deixa impotente,
daquilo que apenas nos torna simples mortais.
Não...não nascemos com o mínimo talento para deuses...
Pessoas se envergonham de sentir medo, pois
posso dizer-lhes um segredo: Só sentimos medo de perder
aquilo que realmente tem importância pra nós.
Mas como tudo segue em plena ambiguidade, como diria
meu amigo Freud, o medo nos coloca na berlinda.
Não podemos ganhar todas as vezes...e que medo isso dá!
Por medo, por orgulho ou por distração mesmo,
esquecemos de sentir medo de perder o que realmente
importa: A possibilidade de ser feliz!
Pensemos assim:
Felicidade, como QUALQUER outro sentimento (amor,tristeza,etc), é
como sentir fome ou sede: hora temos, hora não temos...
A diferença dos sentimentos para as sensações de fome e
sede é que,a fome e a sede não dá pra esquecer.
Mas conseguimos esquecer facilmente os sentimentos das
outras pessoas (que queremos bem) e que sempre estão à disposição,
mas rejeitamos ou deixamos passar batido porque "nos sentimos saciados"...
Mas dói (e muito) se um dia eles nos faltarem...
Sinta medo sim!!!
Medo de sentir medo de ser feliz, de aproveitar as
alegrias e as paixões, medo de não dizer aquilo que você
realmente quer que permaneça.
Sinta medo de não sorrir, de não conseguir sentir nada intenso,
de perder o que é simples, mas essencial...
De não ter dado e demonstrado todo amor que existe dentro de você.
Sinta medo de perder a chance, de não conseguir perdoar,de
esquecer que tudo nessa vida é finito.
Faça o melhor que pode, entendendo que a vida é
uma oportunidade na eternidade dos momentos...
E para que o momentos se torne eternidade no tempo,
o seu melhor tem que se tornar único...nem que seja só
pra você.
A coragem é a dádiva e a imortalidade daqueles que tiverem
ousadia para olhar bem fundo nos olhos do medo, e enfrentá-lo,
por aquilo que realmente valia a pena.